"Essa geração nova não quer nada com a dureza. Não quer trabalhar como a gente teve que ralar quando jovem." Ouvi essa frase um dia desses e de imediato pensei "não é questão de preguiça, é questão de mudança." Essa geração nova, a tal geração Z, se nega a fazer parte de uma sistema no qual outras gerações passaram. Uma máquina onde você trabalha a vida inteira em ritmo acelerado, cruza todos os seus limites humanos em troca de dinheiro, lucro e bens materiais. O custo disso? Problemas de saúde, dívidas em nome de uma imagem social perfeita, receitas de remédios controlados para dormir melhor. Os jovens estão se negando a trilhar o caminho dos pais porque querem uma história diferente, com um final mais feliz. Para eles o grande prêmio que motivou gerações pessadas - uma conta bancária lotada, carro zero, casa comprada = mega cringe - não é recompensa suficiente que valha perder a saúde, o bem-estar e a vida plena. Os objetivos de vida foram atualizados com sucesso. Ao invés de lucro, queremos tempo livre. Sucesso não é mais status ou consumo, mas paz de espiríto. Esses novos objetivos podem estar mais fortes nessa nova geração, mas com a pandemia ela se tornou uma verdade para muitas pessoas, independente de quando nasceram. O Home Office permitiu para alguns usar o tempo de deslocamento para cozinhar com calma e comer lentamente. Permitiu que algumas pessoas conquistassem mais liberdade e autonomia para serem donas do seu tempo. É claro que o Home Office não foi só maravilhas, muitas pessoas tiveram sobrecarga de funções e outros desafios, como as mães que tiveram que se desdobrar em mil. Teve também quem nunca pode experimentar o privilégio de estar e trabalhar em casa. Mas para alguns essa experiência foi transformadora e não tem mais volta. Uma vez que experimentamos esses novos valores, vai ser muito difícil voltar para a vida no automático que sacrifica tanto de nossa saúde e do que nos é importante. A grande questão aqui é: como será quando todos estivermos vacinados e prontos para retomar o fluxo livre de circulação de pessoas? Quando as empresas voltarem aos escritórios, quando a trânsito voltar a engarrafar e a pressa de tantas tarefas no dia nos colocar de volta no modo automático? Será que teremos um trabalho hibrido? Será que conseguiremos manter a autonomia e o tempo livre? Será que as regras desse jogo sistêmico serão realmente revistas? Eu espero que sim. E você? TEM MAIS 🔍
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Fabi Soares
Já desenvolvi mais 1000 empreendedores desde 2015, quando troquei meu trabalho formal na publicidade para empreender. Sou TEDx speaker, Mentora Angelus Network e fundadora da EFE LAB e da Mooca. ⌕
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